Fé, devoção e festa

Procissão dos Santos Juninos é celebrada por fiéis no Recife

A 12ª edição do cortejo reuniu 17 bandeiras, conduzidas por tradicionais agremiações e blocos da cidade

por
As bandeiras do cortejo receberam a bênção dos párocos Renato Azevedo e Padre Ulisses
Divulgação | As bandeiras do cortejo receberam a bênção dos párocos Renato Azevedo e Padre Ulisses

Reunindo brincantes e devotos do ciclo e dos santos juninos, nesse domingo (17), a Procissão dos Santos Juninos se formou no Santuário do Morro da Conceição, no Recife, e desceu até o Sítio Trindade, em celebração a São José, Santo Antônio, São João, São Pedro, Santa Isabel, São Paulo e Santana.

A 12ª edição do cortejo reuniu 17 bandeiras, conduzidas por tradicionais agremiações e blocos da cidade, que receberam a bênção dos párocos Renato Azevedo e Padre Ulisses antes de sair pelas ruas.

Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, ressaltou a estreita relação entre tradições culturais e religiosas. “Sou cristã, tenho meus compromissos com meu credo. Uma cerimônia como essa me toma inteira, porque é feita de tudo em que mais acredito. As manifestações populares nascem de celebrações religiosas. Para quem se dedica à cultura, há sempre um compromisso sagrado, seja qual a for a tradição e religião de cada um”, disse.

Às 18h, os grupos e suas bandeiras abraçaram a imagem de Nossa Senhora da Conceição, inaugurando uma nova tradição para a liturgia. Depois seguiram em louvor Morro abaixo. 

Para Sid Cavalcanti, do grupo O Bonde, guardião da bandeira de São João, a procissão ajuda a lembrar a origem da festa. “O Recife, mesmo estando no litoral, tem uma das festas mais animadas e autênticas do Nordeste. Mas é muito importante que a gente celebre sem perder de vista a essência sagrada dos festejos juninos”.

No meio do caminho, aberto pelos bacamarteiros e seus pipocos, a procissão encontrou a Forrovioca, que seguiu embalando a caminhada até a chegada no Sítio Trindade, onde muita gente esperava pelo cortejo. “Chega deu saudade do São João de casa”, disse Lariza Neves, 31 anos, natural de Ouricuri, acompanhada de toda a família.

O andor com os santos juninos agora só sai do Sítio Trindade quando acabar a temporada do balancê na capital do frevo e do forró.

*Com informações da assessoria de imprensa

 

 

Comentários